A Aprudesc aprovou por unanimidade em assembleia, no dia 31 de outubro, uma Moção de solidariedade ao povo da Palestina e repúdio ao estado sionista de Israel.
Leia a íntegra da Moção:
MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE AO POVO DA PALESTINA E REPÚDIO AO ESTADO SIONISTA DE ISRAEL
Docentes, associados e associadas da Associação dos docentes da Universidade do Estado de Santa Catarina (APRUDESC) vêm expressar SOLIDARIEDADE ao povo da Palestina frente ao genocídio que ocorre na Faixa de Gaza e que se estende por todo o território palestino. No mesmo sentido, também expressam repúdio ao governo sionista do Estado de Israel.
O genocídio do povo da Palestina está em curso deliberado pelo governo de Israel, sob comando de seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, cujo governo pauta suas ações com base no movimento sionista, assim impondo doutrinas coloniais e racistas. A própria Organização das Nações Unidas reconheceu formalmente tratar-se de genocídio, mediante relatório emitido por sua relatora especial para os direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, publicado em 25 de março de 2024.
Desde 7 de outubro de 2023, o mundo acompanha diariamente, e em tempo real, a intensificação dessa ‘faxina étnica’ perpetrada pelo governo de Israel sobre o território palestino. Invasão que remonta ao ano de 1948, quando foi instalado um novo projeto colonial na Palestina, que provocou um êxodo forçado de 750 mil palestinos e a destruição de cerca de 500 vilarejos (ação denominada de “Nakba” – a Catástrofe), segundo o historiador israelense Ilan Pappé. As atuais investidas violentas de Israel, que já completaram um ano, são divulgadas nas grandes mídias como uma guerra em legítima defesa e contra o terrorismo cometido por facções políticas palestinas; quando, em realidade, trata-se de um massacre por parte do governo sionista de Netanyahu, com o suporte do governo dos EUA, que assume proporções jamais vistas no mundo contemporâneo, fazendo de vítimas, prioritariamente, crianças e mulheres, pois essa é a forma mais cabal de impedir o surgimento de novas gerações de palestinos.
O extermínio cometido por Israel na Faixa de Gaza e também na Cisjordânia – inclusive, considerado genocídio pela África do Sul e cerca de outros 50 países – é um caso que tramita na Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU, em Haia; ainda assim não mostra sinais de diminuição. Segundo o jornal Brasil de Fato, desde 7 de outubro de 2023, o número de mortos ultrapassa 40 mil pessoas, ou cerca de 1,8% da população do território ocupado. O Escritório de Estatísticas, da Palestina, afirma que 75% das vítimas têm menos de 30 anos de idade.
A construção de uma sociedade justa e democrática está estritamente ligada às lutas contra a segregação racial, contra situações de escravidão, contra o terrorismo e violações de direitos humanos. Desse modo, os posicionamentos expressos nesta moção vão ao encontro do Estatuto da UDESC, em seu art. 4º: “A UDESC tem por fim a produção, preservação e difusão do conhecimento científico, tecnológico, artístico, desportivo e cultural, por intermédio do fomento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, devendo para tanto: (…) II – estabelecer parcerias solidárias com a comunidade na busca de soluções coletivas e na construção de uma sociedade democrática, plural e ética; (…)”.
Assim, a comunidade acadêmica da UDESC representada pela APRUDESC se posiciona em APOIO irrestrito ao povo palestino e repúdio às múltiplas ações terroristas e coloniais cometidas pelo Estado sionista de Israel.
Florianópolis, 31 de outubro de 2024.